sábado, 25 de julho de 2009

A mentira...

Voltando às relações de troca, só são ruins quando se tem espírito de Madre Tereza e se quer só dar, sem receber, ou quando se tem algum traço psicopático (ou sociopático) e se quer só receber, sem dar. Sim, precisamos dos outros até, e principalmente, para nos construir e criar a nossa própria identidade. O outro é o principal parâmetro de nós mesmos hoje e do “nós” que queremos ser. Por exemplo, eu detesto gente preocupada demais comigo, viu LP? Sabe aquele tipo de pessoa que sempre pede “desculpa” quando nada fez para se desculpar. Aquela amiga que fica se perguntando se o que fez é bom para mim: eu quero comer pizza de aliche, mas se você não gostar eu posso comer a de queijo. Eu sou alérgica, mas posso tomar meu “Polaramine” depois. Isso é uma pessoa boa? Isso é uma pessoa idiota e que acha que sou idiota. Primeiro, se eu não gostar de aliche, eu falarei e pedirei outro sabor ou outra pizza para mim. Segundo, se você comer a pizza de queijo, pode até deixar gravado no celular que eu fui conivente com seu suicídio. Podem até me acusar de homicídio culposo, nesse caso, já que você sabia que estava comendo queijo. Ah, essas pessoas boazinhas, que abrem mão das coisas para nos beneficiar, mais cedo ou mais tarde: vão nos cobrar por aquele ato abnegado, vão comentar com outra pessoa o que fizeram “por nós”, ou, no mínimo, vão usar esse ato como ponto para entrar no céu. Ninguém faz nada de graça... (Olha eu sendo pessimista para alguns, talvez) Há também, os que se utilizam desses atos de doação ou de bondade para justificar viverem na privação financeira ou emocional, são os convenientes resignados ou abnegados.

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